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imperador augusto

Imperadores Romanos: de Augusto à queda do império do Ocidente

Quem foram e quantos imperadores teve Roma desde o início do império (27 a.C. com Otaviano Augusto) até a queda do império romano do ocidente (476 d.C. com Rômulo Augustolo)? No total calcula-se que Roma teve 105 imperadores.

Muitas dinastias se sucederam no poder, começando com os “aristocratas de sangue azul” herdeiros de Júlio César, até chegar a épocas bem dramáticas com golpes militares e imperadores bárbaros.

O império teve origem em Roma, com imperadores romanos nascidos na capital ou arredores, mas também teve um imperador africano nascido na Líbias (Sétimo Severo, de que todo modo tinha linhagem romana por parte de mãe).

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E também imperadores que eram cidadãos romanos, mas não nascidos em Roma (ex.: Adriano e Trajano, que eram espanhóis) ao culmine com imperadores bárbaros como Maximino Trácio (de origem serbo-croata).

Também é importante ressaltar que Roma perdeu a sua centralidade. A capital do Império foi transferida para Milão e depois para Ravena.

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E já à época de Constantino, uma nova capital bem longe de Roma havia ganho importância: Bisanzio, também chamada de Constantinópolis (hoje Istambul, na Turquia).

Vamos então conhecer as dinastias de imperadores romanos, levando em consideração os nomes princpais, uma vez que a partir do terceiro século aconteceram várias tentativas de tomada do poder.

Dinastia Júlio-Claudiana

imperadores romanos Augusto
Augusto quando jovem

A dinastia Júlio-Cláudia ou Júlio Claudiana foi a dinastia dos cinco primeiros imperadores romanos.

A dinastia se dá pelos nomes de família das árvores genealógicas: Augusto, ao ser adotado por seu tio-avó, Júlio César, adotou o seu sobrenome.

Quando Augusto morreu, adotou seu enteado, Tibério Cláudio César Germânico, que incluiu uma nova linhagem, a dos Cláudios.

Quando Tibério adotou Calígula (com o qual não tinha ligação de sangue), Calígula virou um Cláudio por adoção, mas era um César por linhagem familiar. O mesmo aconteceu com Cláudio e Nero.

Os imperadores romanos da dinastia Júlio-Claudiana foram:

  • Augusto (27 a.C. – 14 d.C.)
  • Tibério (14 – 37)
  • Calígula (37 – 41)
  • Cláudio (41 – 54)
  • Nero (54 – 68)

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Imperadores de transição ou o ano dos 4 imperadores

Após a morte de Nero, que não deixou herdeiros, abriu-se um novo capítulo na sucessão imperial. Alguém precisava levar adiante o império, portanto, aconteceu o que Tácito chamou de longus et unus annus, ou simplesmente conhecido como o ano dos 4 imperadores.

O primeiro a subir ao trono do império foi Galba, um representante da aristocracia senatória. Tinha 73 anos e era governador da Hispânia Tarraconensis, atual Espanha. Foi assassinado por Oto e seus correligionários.

Enquanto Galba estava no poder com o apoio da aristocracia, Oto também tinha ambições políticas e o apoio dos pretorianos. Subornando o exército, consegui aclamar-se imperador de Roma. Seu governo durou 3 meses e ele morreu com 36 anos.

Vitélio foi escolhido imperador de Roma com 54 anos. Seu governo durou pouco mais de 8 meses, e foi expulso de Roma. No seu lugar, foi eleito Vespasiano Flávio.

Os imperadores romanos de transição são:

  • Galba (68 – 69)
  • Oto (69)
  • Vitélio (69)

Dinastia Flaviana

imperadores romanos Vespasiano
Imperador Vespasiano Flávio

A dinastia Flávia ou Flaviana foi uma das mais importantes da história de Roma e significou uma época de estabilidade após o tumultuado fim da dinastia júlio-claudiana. O primeiro imperador foi Vespasiano Flávio, depois sucedido pelos seus filhos Tito Flávio e Domiciano Flávio.

Um dos maiores feitos dessa dinastia foi a construção do Coliseu, iniciado por Vespasiano e inaugurado por Tito.

Os imperadores romanos da dinastia Flaviana são:

  • Vespasiano (69 – 79)
  • Tito (79 – 81)
  • Domiciano (81 – 96)

Dinastia Antonina (ou Nerva-Antonina)

Nos livros de história brasileiros cita-se a dinastia Nerva-Antonina, que no ensino de história e nos livros italianos chama-se unicamente de dinastia Antonina ou Idade Antonina.

Após a morte de Domiciano cessou-se definitivamente a sucessão dentro do próprio núcleo familiar direto.

O trono do império romano, daqui em diante (salvo algumas excessões) não tinha mais a necessidade de passar de pai para filho, de tio para sobrinho, de irmão para irmão.

Isso faz com que muitos historiadores também cite a dinastia Antonina como “ a dinastia dos imperadores adotados”, uma vez que, com exceção de Marco Aurélio e Comodo, que eram pai e filho, todos os outros adotaram sucessores.

Essa renovação já havia começado com a dinastia Flaviana, mas sabemos que após a subida de Vespasiano (que não era um membro do clã Júlio-Claudiano), o poder passou para as mãos de seus filhos.

Os imperadores romanos da dinastia Antonina foram:

  • Nerva (96 – 98)
  • Trajano (98 – 117)
  • Adriano (117 – 138)
  • Antonino Pio (138 – 161)
  • Marco Aurélio (161 – 180) corregente com Lúcio Vero até 169
  • Comodo (180 – 192)
Busto de Marco Aurélio. Museus Capitolinos, Roma.

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Imperadores de transição/Usurpadores ou o ano dos 5 imperadores

Após a morte de Comodo, o império romano passou por um período de transição entre o fim da dinastia Antonina e o início da dinastia Severa.

Passaram rapidamente dois imperadores “oficiais” pelo trono do império Romano: Pertinax, que reinou cerca de três meses e foi assassinado pelos pretorianos.

Foi sucedido por Dídio Juliano, um riquíssimo senador que comprou o apoio dos pretorianos, foi ratificado pelo Senado, mas não obteve o apoio dos legionários. Morreu decapitado pelos pretorianos, a mando do Senado.

Enquanto o poder começava a confluir para as mãos de Sétimo Severo, surgiram dois usurpadores que tentaram se manter no cargo de imperadores: primeiro Pescennio Nigro (território da Síria) e Clódio Albino (território da Britânia e da Gália).

Enquanto Pescennio Nigro foi rapidamente derrotado por Sétimo Severo (aclamado imperador em Roma), foram necessário quatros anos para derrotar as facções de Clódio Albino.

Imperadores:

  • Pertinax (193)
  • Dídio Juliano (193)

Usurpadores:

  • Pescennio Nigro (193 – 194)
  • Décimo Clodio Albino (193 – 197)

Leituras sobre Roma:

Dinastia Severa

A dinastia Severa, conhecida também como dinastia dos Severos, teve início com Sétimo Severo. Mas no mesmo ano (193) cinco homens haviam sido aclamados imperadores: Pertinax, Dídio Juliano, Pescennio Nigro, Clódio Albino e Sétimo Severo.

Apesar de ter ocorrido uma breve interrupção durante o período de Macrino, a dinastia durou de 193 até 235.

Quando Sétimo Severo morreu, o trono foi deixado para os filhos Caracala e Geta. Mas após matar o irmão, Caracala foi aclamado como único imperador de Roma.

  • Sétimo Severo (193 – 211)
  • Caracala (211 – 217) corregente com o irmão Geta até 212
  • Macrino (217 – 218)
  • Heliogábalo (218 – 222)
  • Alexandre Severo (222 – 235)
Sétimo Severo.

Imperadores da Anarquia Militar

O período que os histórico chamam de anarquia militar começa como Maximino o Trácio. Maximino era considerado um bárbaro, termo usado para todas as civilizações que não falavam grego (e/ou latim), por conseguinte, no mundo romano, o termo bárbaro quase sempre era ligado às populações germânicas, escandinavas e eslavas.

Grande parte da Trácia é o que atualmente corresponde à Bulgária.

Maximino não tinha cidadania romana, consequentemente nunca teve nenhum cargo político importante, mas subiu ao trono graças ao apoio dos legionários.

Uma coisa muito curiosa: Maximino era um homem altíssimo. Apesar de não podermos crer nos relatos de alguns escritores (que diziam que ele tinha 4 metros de altura), o que os historiadores acreditam, é que ele deveria ter entre 2m a 2,1om.

Comparando com a média da época, que era de 1,60m, ele realmente era considerado quase um gigante e encutia medo pela sua estatura.

  • Maximino o Trácio (235 – 238)
  • Gordiano I (238)
  • Gordiano II (238)
  • Pupieno (238)
  • Balbino (238)
  • Gordiano III (238 – 244)
  • Filipe o Árabe (244 – 249)
  • Décio (249 – 251) Treboniano Galo (251 – 253)
  • Emiliano (253)
  • Valeriano (253 – 260)
  • Galiano (253 – 268)
Maximino o Trácio. Museus Capitolinos, Roma.

Imperadores do período da restauração imperial

Os imperadores romanos do período conhecido como restauração imperial são aqueles que, começando com Cláudio II, procuram restabelecer uma parceria cordial com o Senado Romano e atuar reformas militares e políticas.

Os historiadores o consideram um dos melhores imperadores do terceiro século, apesar do seu governo ter durado pouco menos de 2 anos.

Era originário da Ilíria (região entre a Sérbia e a Croácia) e o apelativo “O Gótico” vem das suas vitórias contra as tribos dos Godos, que procurava invadir os confins do império romano.

  • Cláudio II, conhecido como Cláudio o Gótico (268 – 270)
  • Aureliano (270 – 275)
  • Cláudio Tácito (275 – 276)
  • Floriano (276)
  • Probo (276 – 282)
  • Caro (282 – 283) com os filhos Numeriano (282 – 284) e Carino (282 – 285)
  • Diocleciano (284 – 305) em corregência com Maximino (286 – 305)
Diocleciano

Os sucessores de Diocleciano

Diocleciano foi o imperador que encerrou o período da restauração, colocando “ordem na casa” após o período antecedente da anarquia militar.

Em Roma inaugurou as maiores termas da Roma Antiga, as Termas de Diocleciano, e dá início à tetrarquia: dois augustos e dois césares. Dois governarão o Ocidente e outros dois o Oriente. Esse será o pontapé inicial para a divisão do império entre império romano do ocidente e império romano do oriente.

Importante ressaltar que desse período muito se fala de Constantino, responsável pelo Édito de constantino ou Édito de tolerância religiosa, que fará com que o cristianismo deixe (gradualmente) de ser uma religião perseguida.

  • Constâncio Cloro (305 – 306) inicialmente corregente com Galério (305 – 311)
  • Flávio Severo (306 – 307)
  • Maxêncio (306 – 312)
  • Constantino I o Grande (306 – 337)
  • Maximino Daia (308 – 313)
  • Licínio (308 – 324)

Dinastia Constantiniana

Constantino famoso imperadores romanos
Constantino I

A dinastia Constantiniana tem sua origem no Constantino I o Grande. Os herdeiros adotam o nome de Constantino ou de seu pai; Constâncio Cloro

  • Constantino (306 – 337)
  • Constantino II (337 – 340)
  • Constante (337 – 350).
  • Constâncio II (337 – 361)
  • Magnêncio (350 – 353)
  • Juliano o Apóstata (360 – 363)
  • Joviano (363 – 364)

Dinastia Valentiniana

Dinastia que tem origem com Valentiniano I. Eram declaradamente cristãos, deixando para trás, as “heresias” que tentaram ser reintroduzidas pelo Juliano, não por acaso, chamado de Apóstata.

  • Valentiniano I (364 – 375)
  • Valente (364 – 378)
  • Graciano (367 – 383)
  • Valentiniano II (375 – 392)
  • Magno Clemente Máximo (383 – 388)
  • Teodósio I (379 – 395)
  • Honório (395 – 423)
  • João (423 – 425)
  • Valentiniano III (425 – 455)

Os últimos imperadores do Ocidente

Como a subida ao poder de Petrônio Máximo, se retorna a um imperador de origem romana aristocrática, mas que mesmo com “todas as cartas na manga” não consegue se manter no poder.

Observando a lista a seguir, vê-se que o tempo no poder é muito breve, chegando até a deposição de Rômulo Augusto na cidade de Ravena.

  • Petrônio Máximo (455)
  • Ávito (455 – 456)
  • Majoriano (457 – 461)
  • Líbio Severo (461 – 465)
  • Antêmio (467 – 472)
  • Olíbrio (472)
  • Glicério (473 – 474)
  • Júlio Nepos (474 – 475)
  • Rômulo Augustolo (475 – 476)
Rômulo Augustolo, último imperador romano do ocidente

Tentativa de restauração após a queda do império romano do Ocidente

É importante ressaltar que, após a deposição de Rômulo Augusto, os imperadores romanos bizantinos procuram restaurar o império no Ocidente.

Portanto, ainda podemos incluir pelo menos três nomes a essa fase em que o império romano do ocidente “estava lutando entre a vida e a morte”

  • Os três imperadores desse período foram:
  • Anastásio I (491-518)
  • Justino I (518-527)
  • Justiniano I (527-565)

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19 respostas

  1. Bom dia, parabéns por sua página. Por gentileza me permita sugerir uma pequena correção, sob a estátua onde consta o nome de Constatino II, me parece tratar-se de Constantino I.

  2. Excelente! Um resumo muito bom que nos deixa com ótima noção do que foi o IMPÉRIO ROMANO DO OCIDENTE.

  3. Boa tarde. Parabéns pelo trabalho. Estou pesquisando sobre Quintilo e não achei nessa lista. Deveria vir depois de Cláudio?

  4. Depois de tanto tempo à procura, foi neste resumão que encontrei o que precisava!
    Parabéns e um grande abraço!
    Virgínia

  5. É verdadeiramente um prazer navegar nesse site com tantas informações úteis e culturais. Apenar do “verniz” tecnolígico da atualidade ocidental, em muitos aspectos, a sensação que se tem é que ainda vivemos sob domínio do Império Romano. Parabéns pelo lindo trabalho!!!

    1. Obrigada, Marcelo
      Efetivamente, digo que nossa cultura ocidental, foi bem forjada no legado da cultura romana.

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