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Comer na Estação Termini: Mercato Centrale e Terrazza Termini

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Depois de Florença, o Mercato Centrale desembarcou em Roma e está fazendo o maior sucesso.

A ótima notícia _além da gastronomia_ é que a inauguração marca mais um passo na modernização e requalificação da Estação Termini. Uma ótima opção para comer bem em Roma em um lugar moderno e com preços mais do que abordáveis.

Meses antes da inauguração, víamos em Roma muitos outdoors espalhados pela cidade, com frases atraentes e sintéticas, um pouco enigmáticas, anunciando a chegada do Mercato Centrale. Seu moto: a bondade é elementar.

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A escolha do lugar é simplesmente ótima para quem busca um lugar com qualidade para comer bem em Roma.

Tanto do ponto de vista comercial, porque pela Estação Termini passam cerca de 400.000 pessoas por dia, mas também no que diz respeito à requalificação do bairro e da própria estação.

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Saber que agora a estação também tem um espaço gourmet fantástico foi motivo de alegria, como cidadã e como comilona. Touché!

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Mercato Centrale, comer bem em Roma com opções excelentes e variadas

O Mercato Centrale é um mercado gourmet, que foi inaugurado em Florença em 2014 e dois anos depois foi “exportado” para Roma.

O conceito é a boa gastronomia, unindo o frescor dos produtos e a excelência alimentar ao conceito da simplicidade. Cada “artesão” convidado para ter um espaço no mercado é um amante da gastronomia e um profundo conhecedor do seu produto. Posso dizer que além de comer bem, também é possível comer barato em Roma.

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Não há espaço para amadores ou modinhas gourmet que duram uma única temporada. Muitos dos nomes presentes no local já são realidades gastronômicas testadas, provadas e aprovadas pelo público.

Parte do espaço hoje ocupado pelo mercado foi, outrora, o clube recreativo para os funcionários da rede ferroviária, o dopo lavoro ferroviario.

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Imponente no centro dos 2000 metros quadrados, podemos ver a belíssima Cappa Mazzoniana, construída em mármore português nas cores branca, cinza e rosa.

Mas o que é essa Cappa Mazzoniana?

Quando o ambiente foi projetado nos anos 30 pelo arquiteto e engenheiro Angiolo Mazzoni, ali existia um enorme restaurante para preparar as refeições servidas nos restaurantes e bares dos trens.

Foi construído um enorme exaustor de vapor _em italiano cappa_ que chamava muito a atenção pela sua beleza, mas, sobretudo, pelo seu tamanho. Por isso esse espaço dentro da estação foi apelidado de Cappa Mazzoniana. O Mazzoniana, claro, em homenagem ao seu construtor.

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Hoje em dia a cappa não é mais usada para a exaustão dos vapores, mas como mero objeto decorativo.

Os quiosques oferecem as seguintes opções gastronômicas:

Carne e salames, Massa fresca, Frituras (algo que poderia ser o correspondente italiano dos nossos salgadinhos fritos), Hambúrguer de Chianina (raça de gado típica da toscana), Pizza, Trapizzino, Trufas, Peixaria com Pratos de Peixe feitos na hora e sushi, Queijo, Alcachofras e Cogumelos, Vegetariano e Vegano, Especialidades Sicilianas, Sorvete, Pães/Pizzas al taglio e Doces, Chocolate e Flores, Vinhos, e embaixo da Cappa Mazzoniana existe uma cafeteria e cervejaria.

Para quem deseja uma refeição mais silenciosa e reservada, existe um restaurante no segundo andar, com uma vista bem legal para o “fervo” do mercado. Também é possível comprar produtos como azeites, molhos e bons alimentos nao perecíveis, daqueles que a gente coloca na mala para levar para casa.

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Além das delícias italianas com um precinho bem camarada _a menos que você não queira provar os pratos a base de trufas_ o grande “plus” do mercado é ver tudo sendo preparado na hora, ali na sua frente.

Um trabalho orquestrado por mãos que transformam ingredientes em alimentos. Ver o pizzaiolo abrir a massa com as pontas dos dedos (e não com um rolo de abrir massa), espalhar o molho de tomate, colocar os queijos, levar ao forno, e depois de tirar a pizza do forno, eventualmente ainda acrescentar ingredientes que devem ser consumidos crus ou cozidos pelo calor da pizza.

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Outro espetáculo também é observar a preparação das massas, ou ainda observar os chefs prepararem as postas de peixe, escolherem os temperinhos, colocarem no forno e daqui a pouco, voilà, um prato delicioso está pronto.

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O que eu já conhecia (antes de abrirem no Mercato), gosto e aconselho:

Como já falei acima, alguns quiosques são de propriedade de chefs ou comerciantes (como é o caso da peixaria com quiosque onde preparam pratos e sushis fresquinhos) já bem conhecidos aqui em Roma.

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Na ordem: Pastella, Pizza Bonci e Trapizzino

Uma friturinha ou um supplì no quiosque Pastella. A pastella em italiano é uma tempura mais densa, então, essa loja é especializada em verduras fritas na tempura (eu adoro!), supplìs gourmet (inclusive vegetarianos) e mini pizzas fritas.

Ah! Para os gulosos, aconselho comer a pizza frita com Nutella. Até eu que nem gosto muito de Nutella, achei a combinação maravilhosa. Eles também possuem ótimos vinhos orgânicos. Eu adoro e já fui muito à lojinha do bairro Montesacro.

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O Trapizzino, outro deliciosa invenção romana, cuja primeira filial abriu em Testaccio, mas hoje pode ser encontrada em váris lugares de Roma. O que é um Trapizzino? Um disco de pizza recheado com molhos da tradição gastronômica romana.

++ Leia Mais | Devorando o Trapizzino: deliciosa invenção gastronômica romana

Os queijos do Beppe e i suoi formaggi. Eles produzem os queijos no Piemonte e há alguns anos possuem uma loja no Gueto Judaico. Você pode comprar queijos para levar ou consumir na hora. Deliciosos!

As pizzas al taglio do Gabriele Bonci. Ele foi apelidado de Michelangelo das pizzas. Possui uma loja perto dos Museus do Vaticano e outra nos arredores da Praça Navona. Eu prefiro a que está perto do Vaticano, porque tem mais variedade!

++ Leia Mais | Pizzarium de Gabriele Bonci: a melhor pizza al taglio nos arredores dos Museus do Vaticano

O que provei de inédito?

A pizza napoletana. Ela é um pouquinho menor do que as pizzas que a gente come nas pizzarias, mas estava deliciosa. O molho de tomate tinha um sabor delicioso e ainda temperaram com um fio de azeite extravirgem depois que a pizza saiu do forno. (Preço 9,50 euros)

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Não é a pizza mais “bonita” que eu comi na minha vida, mas, com certeza uma das mais saborosas. Ela é tortinha porque a massa é aberta a mão, ao invés de usar um rolo de massa. Pessoal, esse molho de tomate… meu Deus! Estava divino!

Também comi algo totalmente novo no quiosque de peixe da Famiglia Galluzzi: um sanduíche de anéis de lula. Confesso que eu adoro anéis de lula e nunca pensei em comer um sanduíche com frutos do mar.

Apesar do pão ser super banal (acho que poderiam ter escolhido um pãozinho melhor, porque era um simples pão de cachorro-quente), os anéis de lula salvaram a situação. Estavam macios e usaram uma farinha bem fina para fazer a empanadura. Pena que o pão… (Preço 6 euros)

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E o que falar dos pratos de massa preparados na hora e na nossa frente?

Booking.com

Uma das coisas que mais gosto do Mercato Centrale é o quiosque de massas frescas. Os pratos custam de 7 a 9 euros, e são todos preparados na hora por 3 chefs.

A amatriciana estava divina!

A carbonara (prato de cima) e a cacio e pepe (prato de baixo) também estavam gostosas, mas na minha preferência em termos de gostosura: 1. amatriciana 2. carbonara 3. cacio e pepe

Também provei un arancino siciliano, no quiosque de comidinhas da Sicília, e estava gostoso. Além de ser enorme, o que faz dele um ótimo mata-fome!

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Mercato Centrale na Estação Termini

Site: http://www.mercatocentrale.it/roma/

Via Giolitti 36

Aberto todos os dias, das 7h à meia-noite.

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Terrazza Termini: Praça de Alimentação com vista para o vai e vem dos trens

Na última década, Termini passou de estação xexelenta a um lugar interessante para quem vai viajar de trem.

Além do shopping center e do Mercato Centrale, Termini também conta com uma praça de alimentação com vista para as plataformas dos trens. Comer na estação Termini nunca foi tão bom.

Foto: Divulgação. Em um dia ensolarado, se você conseguir uma mesinha ali perto da vidraça… eu adoro! Na realidade há muito mais mesinhas e cadeiras do que a foto aqui para divulgação. Costuma ficar cheio, mas não lotado.Para quem aguarda o seu embarque e quer fazer uma refeição, tomar um cafezinho vendo o vai e vem dos trens _como aqueles que vão para os aeroportos ver os aviões aterrissarem e decolarem_ hoje existe um espaço interessante: a Terraza Termini.

Foto: Divulgação.

O terraço, que, na verdade é um gigantesco mezzanino todo branco, com uma enorme vidraça que se debruça para os trilhos dos trens, possui mais de 3.000 metros quadrados e atualmente abriga seis restaurantes/bares.

O que vocês vão encontrar por lá?

Ham Holy Burguer: hamburgueria artesanal

Gabriele Bonchi, o Michelangelo das pizzas, que também tem um stand no Mercato Centrale, é o fornecedor dos pães dessa hamburgueria artesanal, cujos preços iniciam em 10 euros. Por sua vez a carne vem da Bottega Liberati, açougue com grande tradição na preparação de vários tipos de carne de ótima qualidade, ou, como quer a nova moda: “um açougue gourmet”.

Una foto pubblicata da ham holy burger (@hamholyburger) in data:


Deem também uma salivada com as fotos do Instagram:

Saladinhas e batatas fritas a partir de 4 euros.

Mozzarella Bistrot

Nos últimos anos, muitos produtores de muçarela de búfala, resolveram sair das prateleiras dos supermercados e abrir suas lojas personalizadas. Algumas lojinhas e restaurantes ficam dentro das próprias fazendas, como o produtor de muçarela de búfala que visitamos em Paestum. Outros apostaram alto e abriram lanchonetes-restaurantes dedicados a esse produto de excelência. Essa é a história da Fattoria Garofalo, que produz muçarelas em Capua, e agora tem seu próprio espaço na estação Termini.

Una foto pubblicata da Fattorie Garofalo (@fattoriegarofalo) in data:

Então é possível comer muçarelas em vários tipos de pratos, desde saladas a sanduíches. Ou comer só a muçarela mesmo.

Pizzaria Fresco: pizzas napolitanas e pratos italianos

Fresco é o que a gente chama de pizzeria con cucina (pizzaria com cozinha), ou seja, além das pizzas é possível pedir outros pratos, mesmo se a variedade de comidas é mais limitada do que a ampla variedade de pizzas.

Foto: Divulgação.

A pizzaria também tem um bar e, mesmo quanto tomamos um simples cafezinhos, podemos ver os pizzaioli colocando e tirando as pizzas do forno a lenha. A pizzaria é originária de Nápoles, no bairro Vomero.

Eccellenza della Costiera: maravilhosos doces napolitanos e da Costa Amalfitana

Mas não são somente as pizzas napolitanas a fazer sucesso na Terrazza Termini. Também tem uma confeitaria “importada” diretamente de Nápoles. Se vocês não sabem, além de pátria da pizza italiana, Nápoles também é famosa pela tradição na preparação do café. Além da confeitaria napolitana, também há alguns doces da tradição da Costa Amalfitana, a base de limão (o tal limão que no Brasil é chamado de limão siciliano, mas, na verdade é amalfitano).

Freetto: loja de “salgadinhos fritos”

Freetto é a “versão moderna” da friggittoria. Do verbo frigere (fritar), a friggittoria é o que a gente tem de mais semelhante à nossas lanchonetes e lojas de salgados no Brasil. No meu do Freetto tem várias friturinhas de diferentes regiões da Itália: supplì (Roma), mini pizzas fritas (Nápoles), Arancino e Sardinhas Fritas (Sicília) e opções de outras culinárias do mundo, como tempura ou almôndegas vegetarianas com curry indiano.

Una foto pubblicata da FREEtto (@freettoliberidimangiare) in data:

La Crostaceria

Restaurante já presente no charmoso Bairro Monti, desde 1990, como diz o nome, tem no seu menu vários pratos com crustáceos e, frutos do mar em geral. Seu pedido pode ir desde um prato de ostras com um bom vinho espumante, a uma tempura de camarões ou, quem sabe, um risoto com lagostim.

Para quem não quer comer, mas somente admirar o local

O Terraza Termini com uma maravilhosa vista para a plataforma dos trens, na verdade é uma grande praça de alimentação, onde você pode carregar o seu celular, conectar-se ao wi-fi da estação (desde que tenha um chip italiano) ou, simplesmente, ver os trens que chegam e partem de e para destinos a nós desconhecidos.

Onde fica a Terraza Termini?

No mezzanino da estação, na parte que dá para a plataforma. Há várias placas indicando o lugar.

Para chegar ao mezzanino, é só subir essas escadas rolantes que passam embaixo do letreiro dos trens, ou pegar os elevadores.

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28 COMENTÁRIOS

  1. Ola, todo dia eu vejo seu blog. É simplesmente maravilhoso! Como vou em Outubro, suas dicas são ótimas!Tem me ajudado bastante a programar minha viagem. Parabéns!

    • Fica dentro da estação, paralelo/ao lado da plataforma na qual você desce do trem que vem do aeroporto 🙂
      Abs,
      Luciana

  2. Olá! Excelente matéria! Estou indo para Roma na próxima semana e vou conferir todas as dicas.
    Por favor, vc pode me dizer que lojinha é essa que vc se refere no bairro Montesacro para comprar vinho?
    Obrigada 🙂

    • Oi, Elisa,
      A Pastella (que também tem em Montesacro) é uma loja de comidinhas e os vinhos são para serem desgustados no local. Não tenho certeza se vendem garrafas de vinhos.
      Se você estiver à procura de vinhos, aconselho a Bernabei (em Trastevere), a Enoteca Costantini (Piazza Cavour), que é a maior de Roma e os vinhos do Eataly.
      Abs,
      Luciana

  3. É quase desrespeitoso esse post com a fome a vontade de comer da sua leitora aqui 😀 gente, que delícia (com perdão do trocadilho!). Agora quero ir urgente pra Roma experimentar todas essas delícias aí tb.

  4. Olá, Luciana! Adorei as dicas! Amo comer (e amo comida italiana) e sou mão de vaca, então acho que esse mercado é pra mim! hehehe
    Certamente o conhecerei na minha próxima visita a Roma 🙂
    Parabéns pelo post detalhado!
    Beijos!

  5. Poxa que ótimo saber de tantas maravilhas no mesmo local, vou colocar na lista de locais que vamos visitar! Obrigada pelas ótimas dicas!

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