Não há alguma margem de dúvidas que o Coliseu seja o símbolo mais emblemático de Roma.
Ele foi construído para comemorar e afirmar a grandiosidade do Império Romano e da sua capital, Roma, um marco para a história do mundo antigo.
Passaram-se quase 2 milênios desde a sua inauguração, que aconteceu em 80 d.C., e mesmo que hoje em dia ele esteja grande parte em ruínas, ainda assim é muito fascinante poder visitar e contemplá-lo.
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As palavras do monge conhecido como “venerável Beda” ilustram o quanto o Coliseu sempre foi importante para Roma: Enquanto o Coliseu existir, Roma também existirá; quando o Coliseu cair, Roma também cairá; quando Roma cair, o mundo cairá.
Beda viveu entre os sécs. 7 e 8 d.C. e sua profecia nos mostra como na alta idade média e a pouco mais de dois séculos da queda do império romano, o Coliseu ainda estava no centro das atenções na Roma Antiga.

História do Coliseu: por que, quando e como ele foi construído?
A história do Coliseu está ligada ao período de decadência e frustração que aconteceu após o incêndio de Roma, os excessos e a morte do imperador Nero. Quando Nero morreu, em pouco menos de 2 anos passaram 4 imperadores pelo trono: Galba, Vitélio, Oto e finalmente Vespasiano.
Portanto, a campanha política do imperador Vespasiano tinha como objetivo a realização de grandes obras públicas e de uma política de bem-estar voltada para o público. Utilizou então a área onde ficavam os jardins da casa de Nero, a Domus Áurea, e ali iniciou a construção do Coliseu, provavelmente entre 70-72 d.C.
A construção do Coliseu levou cerca de 1 década. Quando foi inaugurado em 80 d.C., Vespasiano já havia falecido e o novo imperador era seu filho primogênito Tito. Nos seus planos estavam uma inauguração monumental.
Foi assim que o então novo imperador inaugurou o Coliseu com 100 dias de jogos de modo que o anfiteatro fosse considerada a arena mais famosa para lutas de animais e gladiadores. Seu nome oficial era Anfiteatro Flávio, uma vez que Flávio era o sobrenome dos imperadores dessa dinastia, chamada dinastia Flávia ou Flaviana, a dizer: Vespasiano, Tito e Domiciano.
Estima-se que durante os 100 dias de celebração, tenham morrido cerca de 2.000 gladiadores e 5.000 animais.
Durante os seus cerca de 4 séculos e meio de uso, o Coliseu hospedou lutas de gladiadores, alguns historiadores hipotizam o uso do monumento para batalhas navais, encenação de peças, execução de prisioneiros e caça de animais exóticos. Na arena exibiram-se elefantes, leões, tigres, crocodilos, rinocerontes e girafas, só para citar alguns exemplos.
Abandono e decadência: o Coliseu após a queda do Império Romano

No séc 6 d.C. vários fatores concorreram para o fim dos espetáculos: queda do império romano, falta de capital (os espetáculos eram demasiadamente caros), o advento do cristianismo. Sabe-se ao certo que os últimos espetáculos ocorreram entre os anos 519-520, já sem a participação de gladiadores e somente uma caça entre animais.
Ademais, com a grande crise causada com a queda do império romano, o início da idade média em Roma foi marcado por invasões de tribos germânicas, fome, epidemias de malária e peste. Isso fez com que a cidade perdesse grande parte da sua população. No auge do império a cidade tinha pelo menos 1 milão de habitantes, e por volta dos anos 600, ela tinha não mais de 50.000 pessoas (na melhor das hipóteses, mas talvez tivesse até menos).
Nesse período, a condição dos munumentos era deprimente, de total abandono e falta de cuidados. A falta de manutenção e desastres naturais como terremotos e incêndios fizeram com que o Coliseu fosse aos poucos se transformando em uma ruína.
Pouco a pouco ele começou a ser depredado para que seus materiais de construção preciosos fossem reutilizados: sobretudo o ferro, o chumbo e o mármore.
E se não bastasse, suas arcadas foram utilizadas como refúgio, estalas para animais e uma parte foi confiscada por uma importante família medieval (os Frangipane), que o transformou em parte em uma fortaleza.
Essa expoliação continuou pelo menos até o século 16, quando os mármores foram arrancados a mando dos papas, para construírem algumas basílicas de Roma. Inclusive na Basílica de São Pedro há mármore carrara retirado do Coliseu.
O Coliseu nos tempos modernos

No século 19 foram feitas importantes obras de contenção, por parte dos arquitetos Rafael Stern e Giuseppe Valadier.
No século 20, durante a segunda guerra mundial, Mussolini mandou iluminar o Coliseu de modo que durante a parada militar e a visita de Hitler a Roma, o monumento, apesar de estar em ruínas, desse toda a ideia de monumentalidade.
Vários filmes famosos e espetáculos aconteceram no Coliseu. Um dos mais emblemáticos foi o show que o ex-Beatle Paul Mc Cartney realizou dentro do monumento em 2013. Na época estiveram presentes somente 400 espectadores e cada um pagou 1.000 euros de ingresso.
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