Ravenna é muito mais do que mosaicos, mas Ravenna é sobretudo mosaicos. Essa cidade que reúne oito sítios eleitos pela Unesco como patrimônio da Humanidade vai lhe surpreender!
No dia em que visitei a cidade, por exemplo, parece que existiam duas turmas: turistas que estavam desembarcando na cidade para ver suas maravilhas antigas, e os locais lotando os ônibus para ir à praia.
A minha turma era a dos turistas, então continuei com meu objetivo de fazer a rota dos mosaicos de Ravenna. Mas às vezes também pensava na praia, afinal, eram dias quentes de verão.
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A cidade de Ravenna é antiquíssima e já na metade do séc. V d.C., durante duas décadas, foi capital do Império Romano do Ocidente.
Ravenna possui maravilhosos mosaicos… aliás chamá-los de maravilhosos nem me parece ser o termo justo. Poderia dizer que são estupendos, lindos, únicos … mas ainda me parece não encontrar um termo apropriado para falar o quanto são superlativos.
Não perca seu precioso tempo em filas enormes!
Para conhecer os principais mosaicos de Ravenna é possível fazer um tour, com um bilhete que dá direito a visitar as cinco principais atrações da cidade. O que não significa que você não possa improvisar e visitar outras coisas.
O itinerário pode ser consultado no site http://www.ravennamosaici.it/ da diocese de Ravenna. O bilhete é vendido na bilheteria da Basílica de Sant’Apollinaire Nuovo (o ponto turístico que está bem no início do percurso, para quem desce na estação de trem de Ravenna) por 9,50 e é válido por uma semana.
A rota dos mosaicos de Ravenna em cinco paradas:
Primeira parada: Basílica de Sant’Apollinare Nuovo
Além da beleza indescritível dos mosaicos, o que me impressionou na visita à Basílica de Sant’ Apollinare Nuovo foi saber o quanto ela é antiga!
Foi construída pelo rei ostrogodo Teodorico O Grande, como capela particular do seu palácio! Foi consagrada no início do séc. VI (em 504 d.C.) e nasceu como uma basílica ariana.
Nem todos os mosaicos chegaram até nós. Desde o séc. VI até o séc. XIX a basílica teve alguns mosaicos destruídos por serem “muito arianos”, ou por terem o rei como imagem central.
Mas, pasmem, o mais chocante aconteceu quando o Papa Gregório o Grande decidiu mandar “escurecer” os mosaicos, porque dizia que todo aquele dourado e toda aquela beleza distraía os fiéis que entravam na igreja para rezar.
O que temos hoje são duas série de mosaicos: uma do lado esquerdo e outra do lado direito da basílica. Para minha sorte, a basílica não estava cheia e pude admirá-los com calma!
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Segunda parada: Museo Arcivescovile
Como todo museu contém muitos tesouros, inclusive inscrições lapidárias de mármore escritas em latim, e um dos objetos mais interessantes é um calendário pascoal de mármore do séc. VI.
Mas para mim o verdadeiro tesouro é a abside da pequena capela arcebispal de Sant’ Andrea.
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Termini | Fontana di Trevi | Campo de' Fiori | Pantheon | Trastevere |
Circo Máximo | Termini | Vaticano | Praça Navona | Piazza di Spagna |
Termini | Trastevere | Coliseu | Vaticano | Termini |
Os mosaicos são do séc. V d.C. As fontes históricas e artísticas dizem que é a única capela arcebispal que chegou até nós e em 1997 foi eleita Patrimônio da Humanidade pela Unesco.
Terceira parada: Battistero Neoniano
Minha terceira parada em busca dessas maravilhas que me deixaram completamente boquiaberta foi o batistério Neoniano. Seu nome deve-se ao bispo que conclui a sua construção: Neone.
Aqui também temos uma maravilha muito antiga, aproximadamente de 450 d.C. e me impressiona demais conhecer uma arte antiga.
Uma curiosidade a mais é que alguns desses batistérios e basílicas são construídos em tijolinhos marrons.
A simplicidade da fachada externa se contrapõe à riqueza, à beleza e ao brilho dos mosaicos e acho que essa diferença é fundamental para darmos a justa importância à aparência interior e não (somente) àquela exterior.
Quarta Parada: Basílica de San Vitale
Meu coração ficou dividido entre cada mosaico que vi. Nada me obriga a escolher um “preferido”, mas acredito que entre aqueles de San Apollinare Nuovo e os da Basílica de San Vitale, esses aqui foram os que mais me impressionaram.
Ver aquelas cúpulas, absides e colunas cobertas por milhares de pedacinhos formando figuras maravilhosas, me fez ficar ali parada por muito tempo. Observava e absorvia a beleza, e voltava a observar tudo de novo.
Mesmo encontrando milhares de fotos na internet (muitas delas com certeza superiores às minhas), o que nossos olhos veem e a contemplação do belo “cara a cara” é simplesmente incomparável a qualquer imagem imortalizada.
Quinta parada: Mausoléu de Galla Placidia
O mausoléu da imperatriz Galla Placidia é mais um dos patrimônios da humanidade Unesco, na categoria monumentos paleo-cristãos de Ravenna.
Assim como o Batistério Neoniano e a Basílica de San Vitale, a fachada externa do edifício é de uma simplicidade única, cercada por jardins. Ele também foi construído no séc. V d.C.
Uma maravilha ver os jardins bem cuidados, as flores nos canteiros e… escutar o canto dos pássaros.
Agora você já sabe porque Ravenna deve entrar no seu roteiro.
A minha viagem pela Emilia Romagna foi realizada dentro do BlogVille, um blog tour cujo lema é “eat, feel and live like a local in Italy”. Da minha parte há plena transparência em contar as minhas experiências reais, além de completa liberdade editorial. Emilia Romagna rocks!
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