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Visita ao Circo Máximo com uso de realidade virtual. Super interessante!

Durante muitos anos o Circo Máximo foi um descampado que, pelo menos para mim, não fazia algum sentido e nem valia a pena uma visita. Não havia uma ruína sequer visível.

Mas após uma restauração que levou sete anos, de 2009 a novembro de 2016, hoje é possível ver uma pequena parte dos seus tempos áureos.

Quando conheci o Circo Máximo na minha primeira visita a Roma, em 1997, não compreendi porque um imenso e desolado descampado estava em todos os guias turísticos.

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Corrida de bigas no Circo Máximo, reconstruída no clássico holywoodiano Ben Hur. O filme é de 1959 com o ator Charlton Heston

Quando desci do metrô e cheguei lá, achei que tinha errado de lugar. Era tipo… ver esse enorme espaço e imaginar que um dia tinha existido ali o maior circo de jogos da antiguidade.

Para quem assistiu Ben Hur dezenas de vezes na sessão da tarde, o exercício de imaginação até que era relativamente fácil.

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Muitos anos se passaram, me mudei para Roma e um dia passei por lá e vi um cercadinho, arqueólogos, placas explicando o que era o Circo. Agora era só esperar para, Deus sabe quando, conseguir ver alguma coisa. E o “Deus sabe quando” italiano muitas vezes leva décadas.

Eis que em novembro de 2016 abro o jornal e leio sobre a abertura da área arqueológica.

Como era ver o Circo Máximo antes?

Se você não tinha visto, entenda o meu estupor…

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Essa foto aqui é de uma fase já bem adiantada das obras. Anos atrás nem isso a gente conseguia ver.

Como o Circo Máximo é hoje + Uso de Realidade Virtual

As escavações trouxeram à luz uma das antigas partes do hemiciclo com arcos, o qual acomodava a arquibancada.

E também as antigas lojas e atividades comerciais dirigidas ao público que assistia os jogos. No local existiam casas de câmbio, lanchonetes e, segundo o panfleto oficial da atração, existiam até lupanari, ou seja, prostíbulos.

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Há algo muito, mas muito interessante e curioso: existem alguns restinhos de um vaso sanitário!

O prédio redescoberto não é enorme, mas podemos visitar dois andares. Significa caminhar pelos restos de mais de vinte séculos de história que chegaram até nós e da maior construção para jogos e espetáculos do mundo antigo: 600 metros de comprimento e 140 de largura. Acho que essa é a “grande pegada”.

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Um vaso sanitário milenar!

Espalhadas pela área arqueológica há vários pedaços de colunas e epígrafes latinas. Tudo bem explicado e bem didático.

Junto à série de colunas, há placas que falam da proveniência de todo o mármore usado nas construções romanas. Graças à expansão do império e as colônias conquistadas no mundo todo, os mármores vinham da Grécia, Turquia, Tunísia, Egito, entre outras localidades.

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Colunas com vários tipos de mármore. Há tabelas ilustrativas com explicações e a proveniência de cada um deles.

Um achado surpreendente é alguns fragmentos de um Arco de Tito. Muitos não sabem, mas existia um outro Arco de Tito além do que existe na área arqueológica do Fórum Romano.

Visita com óculos de Realidade Virtual

Graças ao ingresso circomaximoexperience é possível fazer todas as visitas das ruínas utilizando os óculos de realidade virtual. A gente vê algo como a imagem aqui a seguir, como se estivéssemos no local:

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O Arco de Tito ficava inserido nessa enorme porta de entrada.

Se você tiver tempo e vontade, é uma visita complementar, que ajuda a compreender ainda mais a grandiosidade do passado de Roma.

Com os óculos e a narração, é possível literalmente ver a evolução desse local desde séculos antes de Cristo, quando aqui existia um bosque, até a época republicana e imperial quando começaram a ser construídos os primeiros circos para corridas de bigas, ou seja, os hipódromos da Roma Antiga.

As línguas disponíveis para a narração são: italiano, inglês, francês, espanhol, alemão, russo e japonês.

Com o uso da realidade virtual, nem precisamos mais de tanto esforço para imaginar as corridas das bigas e tudo o que acontecia ali no local.

Circo Massimo Experience

Site: www.circomaximoexperience.it

Endereço: Piazza di Porta Capena

Preço: 12 euros ou 22 euros para família (2 adultos + 2 menores de idade).

O que fazer nos arredores do Circo Máximo:

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10 respostas

  1. Nossa! Fui em Roma em novembro de 2016 e não fui no circo justamente pq achava um descampado nada a ver. rs! Que boa notícia para Roma!

    1. Tava na hora, né!
      Mesmo assim, confesso que não morro de amores, mas achei legal essa restauração.
      Beijos,
      Lu

  2. Estou amando suas fotos e explicações… estive em Roma no começo de março/17 e estou selecionando as fotos para revelar… aqui encontrei o nome de vários lugares em que estive e não sei mais os nomes…kkk, como o Gianicolo, com sua vista fantástica e aquela fonatana magnífica. Obrigada!!!!

  3. Estive em Roma no final de Julho. Não visitei o Circo Máximo, mas pude vê-lo do alto do Monte Palatino e fiquei perfeitamente deslumbrada com o tamanho dele. É bom saber que estão a recuperá-lo.

  4. Passei por ali durante os trabalhos de restauração e estava curiosa pra saber cmoo tinha ficado. Obrigada por ser franca, como vou correndo, já descartei a visita.
    PS: eu também só espiei o descampado por causa do Ben Hur! ahaha
    Abarços, Ana!

  5. Então a famosa corrida de bigas do filme Bem Hur foi realizada em Roma e não em Jerusalem ? Não havia um hipodromo semelhante sob administração de Poncio Pilatus ?

    1. Olá, Luiz
      Em todas as cidades criadas pelos romanos existiam os mesmos tipos de edifícios que em Roma: teatros, anfiteatros, circos, odeon, templos.
      Mas no caso de Ben Hur (pelo menos aquela versão de 1959), parte da história se passa em Roma.
      Abs,
      Luciana

  6. Ola, boas fotos e explicação. Mas no filme Ben Hur a famosa corrida de quadrigas decorre em Jerusalem e não em Roma.

    1. Sim. Meu objetivo era só que as pessoas compreendessem como funcionava o Circo Máximo, por isso citei o filme.
      Abs,
      Luciana

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